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segunda-feira, 12 de julho de 2010

sem corrente.. sem troféu!

II FESTIVAL MTB - FLORIPA 2010

7 de Julho de 2010, 6 horas da manhã. Eu mal podia acreditar que estava acordando pra participar de uma competição de Mountain Bike. A última foi em 2003, e antes disso, 1994. Então faz bastante tempo! Me lembrei dos tempos que eu levava a coisa mais a sério. Na noite anterior às corrida eu era todo metódico, comia algo balanceado pra encher o reservatório de energia e dormia cedo. Pra esse II Festival de MTB, na noite anterior fui pra festinha junina da Equipe Andarilha, comi um monte de besteiras tipicas de festa Junina, enchi os pandulhos de pinhão, tomei chá com limão engarrafado, e fui dormir 1:30hrs da manhã arrumando os freios da bike, testando os novos pedais clip, fazendo outros ajustes e ao mesmo tempo vendo um filme na TV. Então, deu pra sentir minha preocupação? Dormi tranquilo, coisa que nas antigas eu vez enquando acordava pensando na corrida do outro dia. É, tudo é fase. O que não mudou foram as minhas orações a Deus logo de manhã, um encontro diário de 15 a 20 minutos que tenho com Ele logo após quando me levanto da cama, pra ler alguns trechos da Biblia e fazer oração agradecendo a Ele por tudo, e pedindo proteção para o dia que segue.

Essa minha fase é a melhor, a fase dos aposentados dos MTB, onde corremos só mesmo pra curtir e rever a rapaziada divertida, que já vale a pena o valor da inscrição.

Fui pedalando até o local da prova. E não é que o evento era mesmo nos fundos do terminal de onibus da Pc3? Incrivel como construiram uma pista de MTB ali. Pelo que ouvi parace que foi um biker nativo da grande Floripa que fez, não lembro quem, mas merece elogios. O evento era importante, válida para o Ranking da Federação.

Saí de casa abastecido, com um rango a base de banana amassada com aveia, granola e mel, e mais uma fatia de pão integral. Cheguei no local - pedalando - as 8:00hrs, que já valeu como um pequeno aquecimento. E já estava se formando uma pequena fila, que se tornou grande. Pensei, o negócio vai ficar bom! Eu estava lá, com minha humilde Alfameq de 1993 que ganhei da extinta Ciclomania como patrocínio, ao lado daquelas máquinas modernissimas de duas rodas. Pelo menos eu estava com um pneu compatível, da minha antiga Trek 990, um Tioga amarelo, levíssimo, com bandagem de nylon, que se comportou otimamente bem numa subidinha meio técnica que tinha lá no meio da pista. O pneu não perde tração mesmo!Passei pedalando nesse trecho em cada volta, o que era um luxo para alguns bikers, hehe..

Chegando lá já fui encontrando o pessoal das antigas, que estavam na corrida pra curtir e dar umas risadas, nada muito sério, que nem eu. Fui encontrando, o Roque que iria correr na Master C, e o Luiz Peixoto do site Trilhas BR, que estava lá pra tirar fotos, mas correr que é bom, nada. No meio da corrida também achei outros no meio da torcida, o Pézão, Betinho, Geléia, Rafalel Waltrik, Yuri, e outros tantos... que saudade dessa galerinha!

Quanto a corrida, bem.. foi o início de outras que irei participar. A corrida mesmo é um tipico bom e velho Cross Country ou XC, como queiram. Pistinha simpática, com obstáculos naturais de raizes atravessadas na trilha, buracos, curvinhas desniveladas radicais, laminha básica, uma subidinha curta mas técnica, caminhos nas gramas, costelas, caminhos de terra, subidas e descidas, e etc. Também tinha a parte que saíamos das trilhas pra pegar o asfalto, dando o contorno por dentro do terminal de onibus e pegando a trilha novamente, já engatando a coroinha. Mas o melhor da pista é mesmo para os espectadores. Em determinado ponto dá pra assistir praticamente 90% de todo o circuito, o que achei incrivel!


Os atletas largaram agrupados por categoria. E o objetivo era completar um numero indeterminado de voltas num tempo já préestabelecido pela organização. Coisa nova pra mim. Na minha categoria, a Master B, corremos 50 minutos. A largada/chegada era dentro do Terminal de ônibus, onde se fazia um contorno pra logo pegar a trilha. Larguei meio atrás, sabendo que eu não estava com condições fisicas pra brigar pela liderança. Antes, pra abastecer, eu havia ingerido um power gel e bebi da caramanhola uns 5 ou 6 goles de Pomesteen Power misturado na bebida de Aloe Vera com uva camberry e maçã, os dois produtos da Forever, que me ajudaram muito. Com o Pomesteen e a bebida de Aloe foi minha primeira experiência em corridas.


No começo perdi terreno pra mais dois de minha categoria, mas fui pegando os caras aos poucos, conforme o meu fôlego, que já estava ofegante na 3ª volta. Ingeri um pouco mais da mistura da Forever e fui indo. Achei meio impossível pegar na caramanhola sem ser na parte do asfalto, na qual era o nosso refresco pra se recuperar do cansaço, dar uma esticada na coluna em cima da bike mesmo, e retomar o fôlego. Na trilha "socávamos a bota" quase o tempo inteiro. Quase no final da corrida eu já não sabia em qual colocação eu estava, pois os atletas da Master C e os Juniores haviam largado com a gente. Foi quando deram o sinal da última volta. Fiquei feliz por saber que eu não estava entre os últimos, pois eu enxergava um sujeito da minha categoria na minha cola uns 25 metros atrás, e outros 4 ou 5 dos nossos mais afastados dele. Busquei forças e fôlego não sei de onde e malhei o sarrafo! Mesmo não sabendo minha colocação na corrida naquele instante. Foi nesse momento que notei que o objetivo do cara de trás era me pegar a qualquer custo. Quando eu fazia as curvas era quando eu via o sujeito babando e pedalando forte. Mas diferença de 25 metros numa pista, na última volta, não era fácil alcançar alguém da categoria, e eu sabia disso! Foi quando após uma descidinha curtinha pra pegar uma subida curta arrebentou minha corrente na mudança de marchas. E me faltavam 50% da pista pra linha de chegada. Não pensei duas vezes e nem fiquei lamentando a desgraça. Peguei a corrente na mão, já caída no chão, e fui levando a bike, correndo a pé, vivenciando o espírito maratonista dos loucos por aventura. Estava fritando o carburador nessa hora, mas não desisti até a linha de chegada. Claro, não preciso nem dizer que os caras que estavam atrás de mim me passaram voando muitos e muitos metros antes da chegada.. sorte pra eles, azar pra mim. Me recuperei com o pessoal das frutas, tomei Gatorade de limão e muita água. Foi quando soube que eu iria pegar pódium de 3º lugar! E olha que o trófeu era bonitinho.. um tablete de madeira escura com uma placa de metal polido colada, com um desenho gravado de uma bike.. iria ficar muito bem ornamentando em minha humilde estante, e no rol de troféus da Equipe Andarilha, minha equipe do coração.


É uma pena, mas valeu. MTB é assim, faz parte. Os equipamentos às vezes nos deixam na mão. Vi também nessa corrida muitos pneus furados e dois câmbios arrebentados. O que valeu foi o prazer. O reencontro com os amigos, as risadas, e o prazer de pedalar.

Quanto a corrente maldita, e já perdoada, está na bike de novo. Nada que uma chave de corrente não pudesse resolver.

Terminei o dia feliz, comendo no almoço suco com pão integral e empanado que fritei quando cheguei em casa, e sabendo que eu não estou tão fora de forma assim. Só me falta mais uns treininhos e peças mais novas na minha Alfameq pra na próxima corrida recuperar o troféu perdido.

6 comentários:

  1. Jacó, que azar com essa corrente... mas isso mostra que apesar de velho tu ainda manda bem na bike, hahahahahaahahah

    Parabéns, e treina que logo tu vai estar lá dando coro na gurizada !

    Abraço,

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  2. ... ah, tá! .... calma que falta pouco pra ti entrar nos "enta" ! Aí tu vai fazer compania comigo, hehe...

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  3. ESSE CARA É BOM SÓ FAUTOU PATROCINIO!!!
    VALE A PENA INVESTIR NA EQUIPE ANDARILHA

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  4. Có pedala, pedala...
    não se compete, se pedala,
    na natureza nada se ganha, nada se perde,
    tudo se transforma,
    ou se se leva no pedal, ou pedal leva a gente.
    Continua pedalando naturalmente como sempre
    tu és muito bom nisso, não te perde,
    não há nada para ganhar para quem já tem tudo.

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  5. Perfeito, monge! Estás certíssimo, e é isso que tenho em meu coração! Obrigado!

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